sábado, 26 de maio de 2012

[Notícia] Borboleta rara se beneficia do aquecimento global e se multiplica


Borboleta argos marrom antes rara, agora se beneficia do aquecimento global (Foto: Science/AAAS)As mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global já causam impacto em uma espécie de borboleta, que era considerada rara até os anos 1980. E esse impacto, para ela, é positivo. A conclusão é de um estudo publicado na edição desta sexta-feira (25) da revisa “Science”.
Marrom e com pintas laranjas, a borboleta da espécie "argo marrom" (Aricia agestis) está procurando novos locais para viver, por causa dos verões mais quentes no Reino Unido. Segundo os pesquisadores, ela está indo cada vez mais para o Norte em busca de climas mais frescos (no Hemisfério Norte, quanto mais pra cima, mais frio).
Nessa região, a flor gerânio é bem comum e é exatamente essa planta que as lagartas da espécie usam para se alimentar. Com mais alimento disponível, a argo marrom passa agora por um verdadeiro “baby boom”. De acordo com os pesquisadores da Universidade de York, a espécie já avançou 79 quilômetros nos últimos 20 anos e atualmente é encontrada com facilidade no interior do país.
“Haverá vencedores e perdedores da mudança climática. É importante que comecemos a entender como essas complexas interações entre espécies afetam suas habilidades de se adaptar às mudanças para que possamos identificar as que podem estar sob risco e onde devemos focar os esforços de conservação”, disse uma das co-autoras do trabalho, Jane York.
Fonte: G1

[Notícia] De onde veio a água da Terra?

A origem exata da água – que abrange cerca de 70% da superfície da Terra – ainda é um mistério para os cientistas. Muitos pesquisadores acreditam que a água não se constituiu ao mesmo tempo em que a Terra se formava. O líquido teria aparecido depois, após violentas colisões de objetos exteriores à Terra.
Os pesquisadores acreditam que qualquer aglomerado de água que existisse no planeta há 4,5 bihões de anos teria se evaporado, em decorrência do sol que era jovem e ainda mais escaldante. Planetas como Marte, Mercúrio e Vênus são exemplos disso – demasiadamente quentes para acumular água. Já outros corpos celestes, como as luas de Júpiter e os cometas, estiveram longes o suficiente do sol para reter gelo.
O mais possível é que, há aproximadamente 4 bilhões de anos, em um período chamado de “intenso bombardeio tardio”, objetos celestes preenchidos com água na forma de cristais de gelo tenham atingido a Terra, gerando os gigantes reservatórios de água do planeta.
Mas você deve estar se perguntando: o que seriam esses objetos? Por muito tempo os astronômos acreditavam que seriam cometas. No entanto, medições de água evaporada de vários cometas revelaram que a água presente neles tem um isótopo diferente do que existe na Terra, sugerindo que eles poderiam não ter sido nossa fonte primordial de água.
Agora, os astronônomos começam a se perguntar se a resposta para o surgimento de água na Terra estaria no cinturão de asteroides – local onde existem centenas de milhares de asteroides, nos quais já foi encontrado evidências de gelo.
Sondas enviadas para explorar esses asteroides nos próximos anos, como a nave espacial Dawn, da NASA, poderão revelar mais sobre a presença de gelo no local e nos ajudar a entender como surgiu a água na Terra. [Life's Little MysteriesFoto]

Fonte: HypeScience


[Notícia] Porque alguns animais matam seus próprios filhotes


Mães e pais assassinando brutalmente seus filhos é uma crueldade sem tamanho, certo?
Por exemplo, veja esses dois vídeos a seguir e tire suas próprias conclusões.
CUIDADO: As imagens são um pouco fortes, se você for sensível, não assita.

 


Mas, afinal, por que alguns animais praticam o infanticídio? Segundo estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, alguns dos benefícios dessa prática são: aumento das oportunidades reprodutivas, maior acesso a recursos limitados, benefício nutricional direto e prevenção de cuidado paterno inadequado.
Vale ressaltar que os maiores perpetradores dessa prática são os machos adultos, embora não se exclua a participação das fêmeas, como ressalta o professor Tim Clutton-Brock, da Universidade de Cambridge.
A proteção paternal é crucial para a sobrevivência de muitas espécies. Porém, quando chegam novos machos na área, tudo muda. Se esse novo macho consegue vencer o macho anterior, matando ou afugentando-o, ele assume a liderança e os filhotes correm perigo.
Motivo: esse novo macho quer ter seus próprios filhotes.
Na sociedade dos leões, por exemplo, o infanticídio faz com que as leoas se tornem férteis novamente, o que aumenta as chances do novo macho de ter uma prole própria.
E, caso ele não mate os bebês, o novo macho corre o perigo de, mais tarde, sofrer um ‘golpe de estado’ pela liderança do bando.
Atualmente, sabe-se que mais de 40 espécies de primatas cometem infanticídio, mas, em muitas espécies, as fêmeas criam estratégias para reduzir esse risco, como escreveram os pesquisadores no Journal of Theoretical Biology.
Uma das estratégias utilizadas é a confusão de paternidade, quando as fêmeas acasalam com diferentes parceiros ao mesmo tempo para que os machos não saibam quem é o pai.
Infanticídio no reino animal
Confira a lista de alguns dos animais que praticam essa ‘matança’.
  • Suricatos: as fêmeas matam a prole de outras mamães do mesmo bando;
  • Leões: machos de fora do bando matam bebês leões para aumentar as chances de terem suas próprias proles;
  • Golfinhos: Infanticídio entre cetáceos é raro, mas já foi observado algumas vezes em golfinhos-nariz-de-garrafa (o golfinho comum);
  • Pombo-das-rochas: não praticam infanticídio durante períodos de escassez de alimentos, mas pássaros adultos já foram vistos matando filhotes de ninhos vizinhos;
  • Langures: macacos considerados sagrados pelos Hindus, eles foram um dos primeiros grupos de primata em que foi observada a prática do infanticídio;
  • Chimpanzés: o fenômeno é comumente observado entre a espécie. Já foram vistos infanticídios praticados por machos e fêmeas, dentro e fora de seus grupos. [BBC,Foto]

Fonte: HypeScience


[Notícia] Cidades podem salvar os insetos polinizadores


Uma equipe de pesquisadores vasculhou 12 cidades da Grã-Bretanha para fornecer o número de insetos polinizadores – como abelhas, borboletas, besouros e moscas – que podem ser encontrados nas áreas urbanas.
Além dos centros urbanos, a pesquisa também foi feita em 12 habitats agrícolas e em 12 reservas naturais. Tudo isso para descobrir onde os insetos estão escolhendo viver, e como são as condições de cada lugar.
Por incrível que pareça, por mais que a expansão urbana tenha sido associada à diminuição dos animais selvagens, os pesquisadores suspeitam que as cidades ofereçam um improvável paraíso para esses insetos essenciais. Parece coisa do filme Vida de Inseto, não?
As cidades contêm uma diversidade enorme, como jardins e reservas naturais. E os jardineiros ajudam muito nesses locais. Ruas residenciais de Bristol, na Inglaterra, são um exemplo disso. Lá, existem conjuntos ecléticos de plantas, cuidadosamente plantadas e cuidadas, livres de ervas daninhas – e com isso, vêm uma abundância de insetos zumbindo e polinizando.
Nas cidades, também há uma maior diversidade de flores. É como se muitos habitats pudessem ser encontrados no mesmo lugar – um banquete para os insetos.
Já os habitats agrícolas podem deixar os polinizadores famintos em algumas situações. Quando eles chegam em abundância, as flores são disputadas, e há poucas para cada um. Em reservas naturais, a escolha da planta pode ser limitada também, sem tanta diversidade e abundância quanto nas cidades.
80% das espécies de plantas britânicas dependem da polinização de insetos. Mas tem havido um declínio dramático no número de polinizadores nos últimos anos, o que tem sido associado com mudanças ambientais, pragas e doenças.
Uma espécie que tem sido particularmente atingida é a abelha. Nas últimas décadas, o número de apicultores tem diminuído na Grã-Bretanha e o número de colméias também. Com isso, podem não haver polinizadores suficientes para as plantas. Mas o número de apicultores urbanos tem crescido nos últimos tempos, visto os benefícios que elas trazem ao ambiente urbano.
Descobrir onde os insetos polinizadores vivem com qualidade pode ajudar a aumentar o número deles. Se eles estão bem nas cidades, muito pode ser feito para que as selvas de concreto se tornem ainda mais atraentes para esses insetos vitais.
Se os pesquisadores descobrirem o que está limitando a vida dos insetos nas cidades, será possível consertar isso, acrescentando ainda mais alimentos e recursos. Se todos fizerem a sua parte, as cidades podem ser ainda mais habitadas pelos insetos, que tão importantes para a vida das plantas, que são tão importantes para nós. Todos ganham! [BBC]

Fonte: HypeScience

[Notícia] Cientistas transformam DNA em memória regravável


O feito é extraordinário pelos padrões da biologia sintética, mas a maneira que ele foi feito também não deixa de ser extraordinária, pelo tanto de determinação e perseverança que exigiu.
A ideia é simples: utilizar uma parte do DNA como uma chave lógica. O processo escolhido para fazer isto foi colocar meia dúzia de genes em uma região inativa do DNA, em locais que instruem uma enzima a recortar o trecho do DNA e a colá-lo novamente, mas com a posição invertida.
Até aí, foi ideia do professor Drew Endy, da Universidade Stanford, na Califórnia (EUA). O código da Escherichia coli seria usado como chave, e os locais seriam constituídos por trechos de um bacteriófago, um vírus que ataca bactérias.
O trecho do código do bacteriófago selecionado foi escolhido por parecer o mais promissor na tarefa de cortar e reorientar o DNA, só que não foi o caso. Coube então ao estudante Jerome Bonnet, o líder da equipe, a tarefa de fazer o sistema funcionar. E ele conseguiu, depois de 750 projetos diferentes, resolvendo cada novo problema que apareceu.
Jerome comenta que é uma triste crítica ao estado em que se encontra a biologia sintética o fato dele precisar fazer 750 tentativas diferentes para conseguir programar a expressão de meia dúzia de genes. “É como escrever um código de seis linhas no computador e ter que fazer 750 depurações para fazer funcionar”.
E o sistema funciona. O grupo conseguiu demonstrar que ele consegue fazer estas mudanças de orientação, que podem representar “0” e “1” pelo menos 16 vezes. Este tipo de contador poderia ser usado para manter um registro de eventos dentro da célula, como por exemplo o número de duplicações pelo qual uma célula-tronco passa até atingir o estado adulto. Além de ser um sistema verdadeiramente digital, a informação é armazenada na célula sem envolver gasto de energia, diferente de outros sistemas já desenvolvidos por outros grupos.
O biólogo sintético Eric Klavins, da Universidade Washington, em Seattle (EUA), concorda que no estágio atual conseguir que um sistema destes funcione demanda muitas tentativas e depurações, mas aponta que à medida que as ferramentas de síntese de genes se tornarem mais rápidas e baratas, isto também deve mudar. E já existe uma iniciativa, a BIOFAB, que pretende fornecer partes padronizadas e confiáveis para os biólogos sintéticos.
Agora é aguardar o surgimento de mais novidades na área.[Nature]

Fonte: HypeScience

[Notícia] Aquecimento global e Ártico: uma bomba-relógio


Embora bovinos e ovinos sejam responsáveis por mais de 20% das emissões globais de metano – gás capaz de reter 23 vezes mais calor na atmosfera do que o gás carbônico –, esses animais são coisa pouca perto de uma das fontes mais perigosas de metano: as geleiras do Ártico, segundo estudo publicado na Nature Geoscience.
Pesquisadores da Universidade do Alasca, em Fairbanks, nos Estados Unidos, conseguiram mapear 150 mil pontos, pelos quais o metano vaza para a atmosfera.
Como explica a bióloga Katey Walter Anthony, principal responsável pelo estudo, esse gás está armazenado em depósitos naturais de gás ou carvão – reservatórios geológicos, no jargão científico –, os quais estão localizados abaixo dos lagos, pelos quais o metano também escapa.
Segundo Anthony, a maioria dos pontos de vazamento está situada em regiões do Ártico onde o permafrost (subsolo congelado) e as geleiras estão derretendo, o que é bastante lógico. “Em um planeta mais quente, o descongelamento das geleiras pode levar a vazamentos significativos de metano”, escreveram os cientistas na revista especializada.
Como afirma o professor Euan Nisbet, da Universidade de Londres, Reino Unido, que também pesquisa assuntos correlatos no Ártico, a região é uma das que mais estão se aquecendo e que mais têm fontes de metano, que aumentarão conforme a temperatura subir.
Mas o fato de os vazamentos apresentarem uma ameaça imediata ainda é controverso entre cientistas. Alguns acreditam que os impactos desses vazamentos antárticos só serão sentidos daqui a décadas, enquanto outros dizem que seu lançamento na atmosfera vai acelerar o aquecimento global. Em que você acredita? [BBCNatureNatureGeoscience,DiscoveryNewsFoto]

Fonte: HypeScience

segunda-feira, 21 de maio de 2012

[Notícia] Foto: toda água da Terra reunida

Muito se fala que o planeta Terra deveria ser chamado de planeta Água devido a cerca de 70% de sua superfície ser coberta de água. Mas a realidade é que os oceanos são rasos, se comparados com o raio da Terra (3,79 quilômetros em média, comparados com os cerca de 6.000 quilômetros do raio).
A ilustração ao lado mostra o que aconteceria se toda a água na superfície ou próxima dela (até a umidade da atmosfera) fosse reunida em uma esfera. O raio desta esfera seria de cerca de 700 quilômetros, menos que metade do raio da lua, mas um pouco maior que Rhea, uma lua de Saturno, que, como muitas luas em nosso sistema solar, é constituída praticamente só de água congelada. O quanto desta água está sobre a Terra e quanto está sob a superfície ainda é um tópico de pesquisas.
Esta imagem é do U. S. Geography Survey (Pesquisas Geográficas do EUA, algo como o IBGE deles). Eles também fizeram uma imagem um pouco diferente retratando a água do planeta, com três gotinhas de água sobre a Terra: a maior é toda a água do planeta, a segunda maior é a água doce subterrânea, dos lagos, pântanos e rios, e a menor é a água apenas de rios e lagos.
Uma imagem muito parecida, do dr. Adam Nieman, “Volume Global de Água e Ar”, ganhou em 2003 uma competição de imagens científicas, “Visions of Science”.
E aí, vivemos sobre um planeta “Água” ou “Terra”?[NASAUSGS (original)USGS,SciencePhotoAdam Nieman]

Fonte: HypeScience

sexta-feira, 18 de maio de 2012

[Notícia] Genoma da borboleta determina suas cores e camuflagem, diz estudo

Ao tentarem sequenciar o genoma de uma borboleta típica da América do Sul, cientistas descobriram que a habilidade incomum da espécie em imitar outras borboletas acontece por semelhanças no DNA. O estudo foi publicado nesta quinta-feira (17) na revista científica “Nature”.
Um consórcio internacional de 80 pesquisadores sequenciou o genoma da borboleta da espécie Heliconius melpomene, típica da Amazônia peruana.
Borboleta da espécie 'Heliconius melpomene' (Foto: Chris Jiggins, Universidade de Cambridge)
Borboleta da espécie 'Heliconius melpomene' (Foto: Chris Jiggins, Universidade de Cambridge)
Usando os dados de seu genoma como guia, eles também examinaram a composição genética de outras duas espécies relacionadas com a borboleta citada: a Heliconius timareta eHeliconius elevatus. Essas espécies foram selecionadas porque compartilham padrões de cores semelhantes em suas asas para afastar predadores.

Segundo o estudo, as várias espécies parecem iguais porque possuem as mesmas partes de seu DNA que lidam com padrões de cores.

"Descobrimos que as espécies compartilham as partes do genoma que codificam as cores padrão, com um impacto importante na sobrevivência destas borboletas na natureza", explica o estudo.

Segundo os pesquisadores, essa partilha genética é o resultado do cruzamento entre espécies diferentes de borboletas.

Fonte: G1

[Notícia] Biodiversidade global diminui 30% em 40 anos; Brasil aumenta consumo de recursos naturais


Não é exagerado dizer que estamos acabando com os recursos naturais do mundo. Mais precisamente, já diminuímos em 30% a biodiversidade da Terra desde a década de 1970.
Além disso, nós consumimos 50% a mais do que nossa capacidade por ano. Ou seja, nós usamos recursos de um ano e meio durante apenas um ano. E, nesse ritmo, 30% pode virar 100%.
A organização WWF faz bianualmente um estudo chamado Relatório Planeta Vivo para saber quais nações estão consumindo mais recursos naturais. O último relatório traz comparações de 2008, último ano do qual se tem dados.
Segundo os cientistas que fizeram o relatório, nós estamos superando a biocapacidade da Terra em 50% (isso é, a Terra demora um ano para repor o que a gente queima em um ano e meio), o que significa que estamos em dívida com a mãe natureza.
E quem está mais em dívida? O relatório balanceou o uso de recursos pela capacidade de produtividade de cada nação e comparou-os com a população real e o consumo por pessoa, determinando a “pegada ecológica” de cada nação. Os 25 países com maior consumo per capta são (o Catar sendo o maior, e Espanha o 25º maior):
  1. Catar
  2. Kuwait
  3. Emirados Árabes Unidos
  4. Dinamarca
  5. EUA
  6. Bélgica
  7. Austrália
  8. Canadá
  9. Os Países Baixos
  10. Irlanda
  11. Finlândia
  12. Cingapura
  13. Suécia
  14. Oman
  15. Mongólia
  16. Macedônia
  17. Áustria
  18. República Checa
  19. Eslovênia
  20. Uruguai
  21. Suíça
  22. Grécia
  23. França
  24. Noruega
  25. Espanha
Os 25 países com menos consumo de recursos naturais per capta são (sendo Guiné-Bissau o 25º país com menor consumo e o Território Palestino Ocupado* o menor):
  • Guiné-Bissau
  • Camarões
  • Congo
  • Lesoto
  • Togo
  • Filipinas
  • Quênia
  • Tajiquistão
  • Angola
  • Iêmen
  • Índia
  • Burundi
  • Zâmbia
  • Moçambique
  • Malavi
  • Nepal
  • República Democrática do Congo
  • Paquistão
  • Ruanda
  • Bangladesh
  • Eritreia
  • Haiti
  • Afeganistão
  • Timor Leste
  • Território Palestino Ocupado*
*Território palestino ocupado é um termo usado pela ONU e outros grupos internacionais legais para descrever partes da Cisjordânia regidas por autoridades militares israelenses.
Brasil: em maus lençóis
O Brasil não aparece entre as 25 nações com maior consumo per capta, nem entre as 25 com menor consumo. Isso significa que estamos bem, que não estamos gastando tanto recurso natural?
Muito pelo contrário. O relatório da WWF também diz que o Brasil e outras economias emergentes (como Rússia, Índia, China e África do Sul) aumentaram o consumo per capita de recursos naturais.
Não somos os maiores consumidores, mas hoje consumimos 65% a mais que nos últimos 50 anos. Os maiores vilões são a agricultura e a pecuária (representando dois terços do consumo), depois pesca, emissão de carbono, uso florestal e áreas construídas em cidades.
O Brasil está inclusive acima da média mundial no que diz respeito a demanda e a capacidade de renovação de recursos naturais. A pecuária, por exemplo, tem taxa de pegada ecológica de 0,95 no Brasil, enquanto na Argentina é de 0,62 e a mundial é de 0,21.
O índice de pegada ecológica total no Brasil aumentou de 2,91 a 2,93 desde a última edição do relatório.
Porque manter a biodiversidade viva?
A perda atual de 30% da biodiversidade se traduz em uma grande perda de espécies de plantas, animais e outros organismos. Espécies temperadas estão melhores que as tropicais, maiores atingidas, que diminuíram em 60% desde 1970. Espécies tropicais de água doce chegaram a diminuir 70%. As espécies terrestres diminuíram 25% no mundo todo, e marinhas aquáticas 20%.
Segundo os especialistas, está na hora dos políticos, governantes e instituições pararem de pensar de 4 em 4 anos e pensarem num futuro mais distante. Além do ciclo eleitoral, nós precisamos de soluções a longo prazo que mantenham nossa biodiversidade viva e dentro das capacidades de renovação da Terra.
Sim, precisamos salvar nossa biodiversidade. Não que sejam necessários outros motivos além da sobrevivência da espécie humana, mas muitos estudos têm apontado vários benefícios da biodiversidade que nos dão ainda mais razões para nos agarrarmos a ela.
Quando perdemos biodiversidade, perdemos também nossa cultura. Um novo estudo afirmou que 70% dos idiomas do planeta são encontrados em áreas ricas em biodiversidade. E, conforme as áreas são degradadas, as culturas e línguas locais se extinguem também.
Outra pesquisa mostra que o contato com a biodiversidade melhora o humor, reduz o estresse e aumenta a sensação de relaxamento. Também pode aumentar a longevidade, reduzir o tempo de recuperação de uma cirurgia e aumentar nossas capacidades cognitivas.
Ou seja: faça sua parte! Não custa e pode lhe fazer muito bem.[LiveScienceILiveScienceII,TerraDiáriodoGrandeABC]

Fonte: HypeScience

[Notícia] Reciclagem pode ser resposta para mistério galáctico


As galáxias não parecem ter tanta matéria para que continuem formando tantas estrelas como as que vemos. Agora, astrônomos pegaram uma no ato de reciclar material que havia jogado fora antes, o que pode explicar esse mistério.
Novas observações ofereceram a primeira evidência direta de gás fluindo para dentro de galáxias distantes, que estão criando estrelas. Isso oferece suporte para a teoria da “reciclagem galáctica”.
A própria Via Láctea, por exemplo, parece transformar o equivalente à massa solar em matéria, em novas estrelas, a cada ano. Isso acontece mesmo que a nossa não possua material cru suficiente, como gás e poeira, para ter continuado esse processo por mais do que um par de bilhões de anos. E observações de muitas ouras galáxias sugerem que o comportamento da Via Láctea é comum.
De acordo com a teoria da reciclagem, a Via Láctea e outras galáxias podem estar recolhendo massa que haviam anteriormente perdido pela formação de estrelas.
Os cientistas suspeitam que os processos galácticos – como as explosões supernova ou a radiação das estrelas brilhantes – expelem gás para o espaço. A questão era se a gravidade seria suficiente para puxar isso de volta, especialmente nos casos de galáxias distantes, que parecem expelir gás com muita força.
No novo estudo, astrônomos liderados por Kate Rubin usaram o telescópio Keck I, no Havaí, EUA, para observar 100 galáxias entre cinco e oito bilhões de ano luz-longe da Terra. Em seis delas, os pesquisadores encontram evidência de gás voltando para as galáxias.
Mas os pesquisadores acreditam que a reciclagem ocorra com mais frequência do que os números indicados no estudo, porque esse fluxo do gás é complicado de ser observado e depende da orientação da galáxia. De fato, os astrônomos sugerem que o fenômeno ocorre em 40% dos casos.
“Essa é uma importante peça do quebra-cabeça, e uma importante evidência de que a reciclagem cósmica pode responder o mistério da matéria que falta”, afirma um dos astrônomos envolvidos no estudo. [LiveScience]

Fonte: HypeScience

[Matéria] Sistema Digestivo - Anatomia Animal


O Sistema Digestivo é sem dúvida um processo muito interessante, porém, muito minucioso. Por esse motivo resolvi deixar aqui alguns links sobre o sistema digestivo e seus detalhes tanto em humanos quanto em outras espécies de animais. Espero que gostem!

Humanos: 

Animais:
http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/ruminantes/sistema-digestivo-dos-ruminantes.php

terça-feira, 15 de maio de 2012

[Notícia] Novos avanços com as células-tronco


Pela primeira vez, pesquisadores conseguiram criar células-tronco embrionárias humanas através da injeção de DNA em uma célula da pele em um óvulo não fertilizado.
Para dar esse passo importante na investigação em células-tronco, os cientistas usaram uma técnica de clonagem semelhante à usada para clonar a ovelha Dolly.
Este trabalho demonstra pela primeira vez que o óvulo humano tem a capacidade de transformar uma célula especializada em uma célula-tronco.
O objetivo da pesquisa foi criar células-tronco embrionárias específicas para cada paciente com o DNA deles, para o eventual uso de reposição celular. Curar doenças como diabetes e Parkinson foi a motivação para o estudo.
Os pesquisadores conseguiram criar células-tronco embrionárias humanas. Elas não são perfeitas, e embora tenham cromossomos demais – 69 ao invés dos 46 habituais -, são adequadas para fins de pesquisa, não para tratamentos atuais.
No passado, os esforços para criar células-tronco usando clonagem significavam tomar um óvulo não fertilizado, remover o núcleo com seus 23 cromossomos, substituí-lo com o núcleo de uma célula da pele (que tem 46 cromossomos) e colocar o óvulo em um banho químico para que ele fizesse a divisão como se tivesse sido fertilizado por um espermatozóide.
Através de um processo de eliminação, os pesquisadores determinaram que era a remoção do genoma do óvulo, não a introdução de um novo DNA ou a divisão celular, que estava impedindo o óvulo de se desenvolver o suficiente para que as células-tronco pudessem ser extraídas. Foram necessários 63 óvulos para desenvolver duas linhas de células, das quais uma era viável.
Para alguns pesquisadores, este estudo não é um salto gigante, mas não deixa de ser interessante. Agora, o desafio é descobrir como remover os cromossomos do óvulo, sem remover as máquinas ou fuso, que ajuda na divisão do ovo.
As células-tronco adultas da medula óssea estão sendo utilizadas para tratamentos ao longo de décadas. Mas elas são programadas para apenas uma parte do corpo e não são facilmente convertidas para corrigir problemas em outras partes.
O primeiro avanço importante nas pesquisas com células-tronco embrionárias humanas se deu em 1998, quando Jamie Thomson extraiu as primeiras células de um embrião humano.
Em 2007, pesquisadores no Japão e nos EUA relataram a criação de células-tronco, mas ignorando completamente os óvulos e reprogramando as células da pele diretamente na divisão.
Essas células são chamadas células-tronco pluripotentes induzidas ou células iPS. Desde então, os pesquisadores descobriram que essas células têm algumas limitações também. Enquanto alguns opositores de pesquisas embrionárias acreditam que os avanços na “menos polêmica” célula-tronco eliminam a necessidade de pesquisas com células embrionárias, a maioria dos especialistas na área acredita que todos os caminhos de pesquisa precisam ser explorados para, eventualmente, encontrar o tratamento certo para a doença certa.
O próximo passo é descobrir como fazer células-tronco embrionárias sem o excesso de cromossomos. Então os pesquisadores poderão começar a compará-las com células iPS e determinar o quão diferentes ou semelhantes elas realmente são. [CNN]
Fonte: HypeScience

segunda-feira, 14 de maio de 2012

[Notícia] 15 mães duronas do reino animal

1 – ORANGOTANGOS E RÃ FLECHA


Os elefantes africanos ficam grávidos por 22 meses antes de terem seus filhotes. Esse é o maior período de gestação do reino animal.
Embora carregar bebês por tanto tempo seja uma tarefa bastante difícil, tem um outro bicho que se supera no quesito “mamãe que aguenta muito tempo”: os orangotangos chegam aos 50 anos de vida, e cuidam de seus filhotes até eles antigirem nove anos de idade. Tirando os seres humanos, esse é o período de cuidado mais longo dos primatas até que os pupilos possam ter vida própria.
Os nove anos são precisos para o bebê orangotango aprender a sobreviver na floresta: como encontrar comida, como identificar plantas comestíveis (e diferenciá-las das venenosas), como construir um ninho seguro, como se abrigar da chuva, etc.
Ponto para os orangotangos, mas tem outra mamãe que merece uma menção honrosa: depois de colocar até cinco ovos, a rã flecha os observa até eclodirem, carrega seus girinos, um por um, nas costas, do chão da floresta tropical até árvores com altura de 30 metros, encontra piscinas individuais de água nas folhas da copa da árvore para cada um de seus bebês e cria viveiros seguros e individualizados, alimentando cada um dos seus filhos com seus próprios óvulos não fertilizados ao longo de seis a oito semanas para que eles cresçam em sapos jovens sem ter de comer uns aos outros. Essa população de sapos não deve ter problema com alta densidade demográfica, afinal quem iria querer ser mãe assim? Que trabalheira!


2 – ORCAS E GOLFINHOS


Bebês recém-nascidos dão muito trabalho, não? Os humanos são conhecidos por deixarem as mamães loucas porque acordam a noite toda. Mal sabiam elas que estavam no paraíso. Pior seria se fossem uma orca ou uma mamãe golfinho.
Se formos levar em conta, os nossos bebês dormem bastante: entre 17 e 18 horas por dia no começo da vida, e 15 horas por volta do terceiro mês. O lado negativo é que eles quase nunca dormem mais que três ou quatro horas por vez – daí a necessidade de acordar à noite. Mas as mamães podem ter seu descanso – três ou quatro horas por vez.
Coitadas das orcas e dos golfinhos. Os recém-nascidos dessas espécies simplesmente não dormem no primeiro mês. Isso mesmo que você leu. Portanto, as mamães também não dormem: elas passam por obstáculos, nadam e vêm à tona 24 horas por dia por um mês inteiro.
Pesquisadores da Universidade da Califórnia, EUA, concluíram que esse período de vigília “excepcional” não tem nenhum efeito ruim sobre o desenvolvimento dos bebês cetáceos (não podemos dizer o mesmo sobre as mães, que devem ter ficado traumatizadas). Gradualmente, os bebês atingem níveis adultos normais de sono. O que significa que, finalmente, depois de um mês que mais parece uma eternidade, a pilha dos jovenzinhos começa a morrer.


3 – ARANHAS, ÁCAROS, PEIXE-PIOLHO E CUCOS


Considera-se uma mãe corajosa? Não como a aranha. Para muitas espécies de aranhas, ter um filho é o mesmo que morrer.
Isso porque elas são comidas depois que acasalam – para ser justa, geralmente é a mãe que mata o macho e o come, ou dá de comer para os filhos. Mas o inverso também ocorre. Em espécies da aranha Stegodyphus, o amor maternal vai longe: as fêmeas anexam seus ovos a suas teias e os vigiam até que os bebês eclodam. Uma vez que eles nascem, a mãe continua a comer, mas vomita a maior parte de suas refeições como uma sopa nutritiva para sua prole. Quando os bebês completam um mês de idade, a aranha mãe permite que sua prole a mate e injete enzimas digestivas em seu corpo para comê-la.
Acabou por aí? Claro que não. Depois de devorá-la, os filhos se viram um pro outro e se canibalizam: comem quantos de seus irmãos eles conseguirem (algo me diz que depois que eles crescem e cada um tem a sua própria casa ninguém se visita).
Existem famílias ainda mais felizes. As mamães Amaurobius ferox também se sacrificam para alimentar seus filhotes canibais: cerca de 60 a 130 filhotes se alimentam primeiros dos irmãozinhos (ovos que ainda não foram chocados) e depois devoram a mamãe (ao contrário do orangotango, aranhas amadurecem muito rápido e não precisam aprender nada com sua geradora).
E daí vem a beleza da mamãe aranha: ela poderia fugir da teia e evitar a morte certa, mas ao invés disso, se entrega para seus pupilos, pois sabe que estará dando a eles os nutrientes que os bichinhos precisam para crescer (e quem é que quer que eles cresçam?). Pelo menos os irmãos sobreviventes crescidos se suportam por um tempo mais longo: 3 a 4 semanas antes de deixarem o ninho.
E só para constar aqui, as aranhas não as únicas que se sacrificam por seus bebezinhos: ácaros parasitas também são devorados pela prole, em um ciclo de vida de apenas quatro dias (violência gera violência, né?). Os ácaros crescem várias filhas em seu corpo, juntamente com um filho. Este único macho é provavelmente o maior garanhão da história, e um criminoso antes sequer de nascer, já que engravida suas próprias irmãs quando todos ainda estão dentro da mamãe. Mas nada de dizer que somos o sexo frágil: você acha que as fêmeas iam aguentar tudo isso caladas? Não, não. Quando elas emergem, é “bye bye” para o macho, que morre poucas horas depois.


Outra mamãe que é torturada pelos filhos é o peixe-piolho. Nunca mais reclame que sua gravidez foi dolorosa, pois você não é uma pequena fêmea do peixe-piolho que, quando está pronta para dar à luz a centenas de bebês piolhos, apenas se senta e deixa que eles comam e roam suas entranhas para poder sair de seu corpo para o mundo.
Se você pensa que o “bom comportamento” do mundo animal acabou por aqui, enganou-se. Dar um bebê para a adoção nem sempre é uma atitude bem vista entre os humanos, mas para os cucos é regra: a mamãe cuco, disfarçadamente, põe os seus ovos no ninho de outro pássaro.
Mas é tudo para o bem de sua prole. Ao fazer isso, o outro pássaro (geralmente uma espécie menor) pensa que o filhote é dele e assume o encargo de criar o pinto. O filhote de cuco geralmente choca antes e cresce mais rápido que os outros filhotes menores, forçando-os para fora do ninho, onde eles morrem. Em seguida, o cuco recebe toda a atenção de seus pais adotivos, o que lhe dá chances muito maiores de sobrevivência.
Canibalismo, incesto, mentiras e assassinatos: boa conduta é piada entre esses bichinhos, não?


4 – URSO POLAR E BALEIA CINZENTA


Uma das coisas mais odiadas sobre a gravidez humana é o ganho de peso. Os bebês são lindos presentes, entretanto, que acabam compensando todos os quilos a mais, inevitáveis, conquistados durantes os nove meses.
Inevitáveis, sim. Entre maior fluxo de sangue, seios maiores, o peso do bebê, o aumento do útero e vários outros fatores, em média, você deve pesar 12,5 quilos a mais no final da gravidez. Mas isso não é verdade para todas as pessoas – cada organismo é diferente, e o peso que você deve ganhar para continuar saudável deve ser discutido com seu médico.
Se 12 quilos para você parece o absurdo de todos os absurdos, agradeça por não ser uma ursa polar. Assim como outros animais que precisam engordar para poder ter um filho, a mamãe ursa tem que ganhar 200 quilos (através de gordura de foca) para ser capaz de engravidar.
Isso porque ela vai passar depois por um jejum de oito meses e ainda assim prover para seus filhotes (os fofíssimos mini ursos polares) um leite rico em gordura. Viu só? Fêmea é fêmea. A ursa está até disposta a engordar 200 quilos por um bebê, mas depois faz um regime de oito meses. Brincadeiras à parte, essas mamães servem de inspiração por passarem fome por tanto tempo por seus bebês.


E não são as únicas. As mamães baleias do Pacífico migram milhares de quilômetros das águas frias, ricas em plâncton do Ártico, para lagoas tropicais ao largo da costa do México relativamente pobres em nutrientes, onde elas dão à luz.
Essa mudança de casa tira a baleia cinza de uma fonte de alimento abundante, mas a leva para um ambiente livre das perigosas orcas, que não saem das águas mais frias e que caçariam seus recém-nascidos. Também permite que as baleias alimentem seus filhotes com um leite rico em gordura até que eles construam uma camada de isolamento para poder ir para o gelo do Ártico. Assim como os ursos, as mamães baleias passam fome por meses e ainda tem que produzir leite de alta caloria para seus bebês. Durante esse tempo, elas podem perder até 8 toneladas de peso. Isso que é amor!




5 – COBRAS-CEGAS E CECÍLIAS, SAPOS E GALINHAS

Muitos animais aceitam certa medida de “tortura” em nome de sua prole.
Os anfíbios da ordem Gymnophiona, cobras-cegas e cecílias, são bichos bem nojentos que alimentam seus pupilos com a própria pele.
É exatamente isso. Sua pele é rica em gordura, a qual os filhotes certamente precisam (e não poderiam encontrar em outro lugar? Tem uma rede de fast food em cada esquina!). As mamães, então, nem pensam duas vezes: deixam seus bebezinhos com seus dentinhos pequeninos pularem em cima dela num frenesi e a descascarem completamente.
E nada de pensar: “ufa, acabou”. Dali três dias, a mamãe já cresceu toda sua pele de novo para fornecer mais uma refeição saborosa aos seus queridinhos. Ainda bem que somos mais adeptos do MC Donald’s.
O sapo do Suriname também compartilha sua pele com a prole. Para garantir que seus óvulos fertilizados sobrevivam, a fêmea os fornece pedaços de sua pele.
Quando ela deposita seus ovos na barriga do macho, ele os fertiliza e coloca as bolsas de ovos dos futuros bebês na pele nas costas da mamãe. Sendo assim, eles pulam a fase larval e já emergem dos bolsos de suas mães completamente formados.
Até mesmo a galinha tira algo do seu corpo se necessário: criar uma quantidade infinita de carbonato de cálcio para seus ovos é uma tarefa difícil, portanto, se as galinhas não adquirem cálcio o suficiente em sua dieta, elas literalmente dissolvem seus próprios ossos para criarem as habitações de seus bebês.


6 – BONOBOS


Você provavelmente não vai querer sua mãe por perto quando estiver de olho em uma menina. Já para o bonobo, um dos parentes mais próximos dos seres humanos, isso é vantagem.
Suas comunidades são predominantemente femininas, e os machos permanecem perto das mães. Na verdade, o bonobo aumenta suas chances de ter intimidade com uma fêmea fértil se sair junto com a sua mãe.
Os filhos andam com suas mães entre 81 e 92% do tempo. Quando as mães não estavam perto, o macho dominante foi responsável por cerca de 41% dos acasalamentos com mulheres férteis. Mas se outras mães de baixo nível social estivessem perto, a proporção caía para 25%. Em outras palavras, as mães não deixavam o macho dominante monopolizar as fêmeas mais férteis, permitindo que seus próprios filhos acasalassem.
Elas inclusive interferiam afugentando a concorrência para seu filho, ou separando brigas em que ele entrasse. Em outros casos, montavam guarda enquanto seus filhos acasalavam. Também geravam status para seus filhos, que tinham mais chances de conseguir uma fêmea.
Para as mães, não é só uma questão de ajudar o filho (embora as mamães do mundo todo e de todas as espécies adorem fazer isso). Ter um interesse em sua vida amorosa também lhe ajuda a garantir que seus genes serão passados adiante. [BBCBabyCenter,LiveScienceLifesLittleMysteries]


Fonte: HypeScience